quarta-feira, 17 de agosto de 2011
TERRA e EU SOU COMO O POLVO no Cine Jose Tavares de Barros - SESc Palladium - Belo Horizonte
Seleção de curtas-metragens no Sesc Palladium dá espaço a novos realizadores
Cineastas mineiros têm chance de mostrar seus trabalhos
Redação - EM Cultura - Divirta-se
Dirigido por Gabriel Martins e Maurílio Martins, o filme Contagem abre a sessão esta noite
Em qualquer lugar do planeta, o curta-metragem é conhecido como espaço tanto de aprendizado quanto de experimentação. Os que o enxergam do primeiro ponto de vista usam o formato enquanto não chegam a vôos mais elevados – o que, dentro da tradição do cinema, é o filme de longa-metragem. Os que defendem o segundo ponto de vista afirmam que o curta tem autonomia, características próprias, é fim em si mesmo, e é nele que ocorre boa parte da criação e desenvolvimento das novas linguagens que impedirão o esclerosamento da comunicação audiovisual.
Qualquer que seja a posição sobre o assunto, contudo, uma mostra como Novos realizadores mineiros, que será apresentada de hoje a domingo, às 19h, no Sesc Palladium, sinaliza os rumos que a produção de uma certa comunidade vai tomar. Não importa se os tais novos realizadores estão apenas aprendendo, experimentando ou as duas coisas – é de filmes como aqueles que vão sair as tendências que dominarão o cinema em Minas nas próximas temporadas.
Fala bastante da produção local, por exemplo, o fato de que três dos cinco programas da mostra (e quatro de seus sete títulos) são filmes de animação. Desde que a Escola de Belas Artes da UFMG começou a investir no setor, Minas parece ansiar por um polo de produção de filmes animados. Como ele não é institucionalizado, os criadores do gênero se viram por conta própria. Um dos títulos acaba estabelecendo sua própria genealogia: Eu sou como seu polvo, de Sávio Leite, que será exibido sexta-feira, aborda a memória do multiartista Lourenço Mutarelli, cujas obras, nos quadrinhos ou noutras mídias, vêm influenciando muito os jovens cineastas e animadores em todo o Brasil.
Outro tema que inquieta a moçada que tem planos de dominar o cinema brasileiro é a contradição entre o espaço urbano e a vida nele. É o que encontramos, por exemplo, em Contagem, que abre hoje a mostra, ou Passeio no parque, que vai encerrá-la no domingo. O último é um documentário no mínimo singular: conta a história do Parque Municipal de uma perspectiva em que geralmente não pensamos: o olhar dos fotógrafos lambe-lambe que há décadas trabalham no lugar.
Programação
Hoje – Contagem (2010), de Gabriel Martins e Maurílio Martins.
Amanhã – Roda (2011), de Carla Maia e Raquel Junqueira.
Sexta – Eu sou como seu polvo (2006) e Terra (2008), de Sávio Leite.
Sábado – Moradores do 304 (2007) e O céu no andar de baixo (2010), de Leonardo Cata Preta.
Domingo – Passeio no parque (2008), de Cristiane Lage.
Todos os filmes serão apresentados às 19h, no Sesc Palladium (Av. Augusto de Lima, 420, Centro).Entrada franca. Informações: (31) 3214-5360.
http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_8/2011/08/17/ficha_cinema/id_sessao=8&id_noticia=42630/ficha_cinema.shtml
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