domingo, 3 de maio de 2009

EU SOU COMO O POLVO - Experimental – 5´- MG - 2006 - Brasil






EU SOU COMO O POLVO
Experimental – 5´- MG - 2006 - Brasil
Sinopse:
Um pouco da memória de Lourenço Mutarelli, considerado um dos melhores desenhistas brasileiros da atualidade.

I am like the octopus
A little bit of Lorenço Mutarelli´s memory, considered one of the best drawers in Brazil nowadays.

Yo soy como el Pulpo
Un poco de la memoria de Lourenço Mutarelli, considerado uno de los más grandes dibujantes brasileños de la actualidad.

Je suis comme le Poulpe
Un extrait de l avie de Lourenço Mutarelli, considerée um de plus important dessinateur brésilien dans l´actualité.

Direção: Sávio Leite
Assistente de direção: Phillipe Ratton
Produção Executiva: Alexandre Pimenta
Assistente de produção: Helenice Pereira
Texto e narração: Lourenço Mutarelli
Música: Ala z – pexbaA




SELEÇÃO
- III Bienal Interamericana de Vídeo Arte – Washington 2006 / Roma 2007
- 2º Festival Internacional El Ojo Cojo – Madrid – Espanha – 2006.
-III Festival Internacional de Cortometrajes de Cusco – Peru – 2006
- 5º Festival Internacional de Cine Digital – Viña Del Mar – Chile – 2007.
- Ambulart 2007 – Muestra de Arte Audiovisual – Ecuador / Alemanha.
- Festival de Cine Social de La Pintana - Santiago de Chile – 2007
- Festival for Contemporary Art - Varna - Bulgaria - 2007
- BRASILANDSCHAFT - kurz gesehen - Berlim - Alemanha -2007.
- Festival Internacional de Cortometrajes Oberá en Cortos - Missiones - Argentina - 2007.
- BRASIL NOAR – 7º Festival Internacional da Nova Arte Brasileira – Barcelona – Espanha – 2007.
- CORTOCIRCUITO - IV Festival Internacional de Cortometrajes de Santiago de Compostela - Espanha – 2007
- 19° Festival Internacional de Cine de Viña Del Mar – Chile – 2007.
- Festival de Cinema de Arouca – Portugal – 2007.
- 3° Festival de Cine San Juan de Pasto – Colômbia – 2007.
- III Muestra Internacional de Cortometrajes Cine a la calle al aire libre – Barranquila – Colômbia – 2007.
- Mostra Brasileira de Cinema Independente na França - 2008



- XXXIII Jornada Internacional de Cinema da Bahia – Brasil – 2006
- 17º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Brasil – 2006.
- 6º Goiânia Mostra Curtas – Brasil – 2006.
- 3º Amazonas Film Festival – 2006 – Brasil
- CURTA CINEMA - 14º Festival Internacional de Curtas Metragens do Rio de Janeiro. 2006 . Brasil
- Mostra Internacional Audiovisual de Ouro Preto – Imagem dos povos – 2006 – Brasil
- XIV Festival de Vídeo de Teresina – PI – 2006 – Brasil
- 10ª Mostra de cinema de Tiradentes – MG – 2007.
- Mostra do Filme Livre – Rio de Janeiro – 2007.
-11º CINE PE - Festival do Audiovisual de Recife – Brasil – 2007.
- 3 CINEPORT - Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa - Brasil - 2007
- V Mostra Minas de Cinema e Vídeo – Belo Horizonte - 2007.
- 1ª Mostra Curtas Cariri Plus Experimental - CE - Brasil - 2007.
- CineEsquemaNovo 2007 – Festival de Cinema de Porto Alegre. Brasil
- 2ª Mostra de Cinema de Ouro Preto - Brasil - 2007.
- 9° Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte - Brasil 2007.
- Mosca 3 - Mostra do Audiovisual de Cambuquira - Brasil - 2007.
- 15° Gramado Cine Vídeo - Brasil - 2007.
- 2º Festival Circulante de curtas metragens - Cajamar - SP - Brasil. 2007.
- Festival Curta Cabo Frio – Rio de Janeiro – Brasil - 2007
- 6° Festival de Cinema de Varginha – MG – Brasil – 2007
- 5° Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte – MG – Brasil – 2007.
- Videofestival São Carlos – SP – Brasil – 2007.
- Vitória Cine Vídeo – ES – Brasil – 2007.
- Iguacine – 1° Festival de Cinema da Cidade de Nova Iguaçu - Rio de Janeiro - 2008.





Prêmios:
- Menção Honrosa - - III Bienal Interamericana de Vídeo Arte – Washington –2006
- Menção Honrosa - 3º Amazonas Film Festival – 2006 – Brasil
- Melhor Vídeo Experimental - XIV Festival de Vídeo de Teresina – 2006 - Brasil
- Menção Honrosa - V Mostra Minas de Cinema e Vídeo – Belo Horizonte - 2007. Brasil.
- Prêmio de Experimentação Técnica em desenho - Cine Esquema Novo - Festival de Cinema de Porto Alegre - 2007.


CRÍTICAS:

Eu sou como o polvo, de Sávio Leite, 4 min, 2006

Sávio Leite, animador e confesso admirador de Lourenço Mutarelli, é o realizador deste pequeno e belíssimo Eu sou como o polvo.

O curta, a exemplo do clássico O Mistério de Picasso, de Henri-Georges Clouzot, enquadra Lourenço Mutarelli sob uma mesa de vidro e observa o criador desenhando. São desenhos grotescos, auto-caricaturas de pouca compaixão.

Em off, um texto do próprio Mutarelli, poético e autodestrutivo. No texto ele fala sobre sua aceitação no mundo, que veio apenas a partir de seus desenhos; sua infância e juventude complicadas. Nos auto-retratos do filme, vê-se um artista com pernas a sair dos ouvidos, uma mutação, uma auto-apreciação.

Observar de perto a criação de um desenhista é como o desnudar. É surpreender o outro sem roupas ao sair do chuveiro. Não é à toa que Sávio Leite colocou o próprio Mutarelli para falar tão francamente de si. Em Eu sou como o polvo, o desenhista se desnuda em arte e em vida.

Lourenço Mutarelli é quadrinista, mas ganhou mais notoriedade após Heitor Dhalia adaptar para cinema o seu romance de estréia, O Cheiro do Ralo. Mutarelli já havia trabalhado com Dhalia em Nina, traçando os desenhos que a personagem central criava.

http://www.revistamoviola.com/2008/03/04/eu-sou-como-o-polvo/


“Eu sou como o polvo”
por Ursula Rösele


Eis que de maneira discreta Sávio Leite “explica” o motivo pelo qual Lourenço Mutarelli - protagonista de seu curta - é como o polvo. Juntamente ao título do filme, uma pequena inscrição diz que antigamente acreditava-se que do líquido dos polvos se fazia o nanquim.

Em apenas cinco minutos, num contra-plongée de Mutarelli desenhando sobre a mesa, somos ‘apresentados’ aos motivos pelos quais ele começou a desenhar e a escrever.

Mutarelli é o autor do livro “O Cheiro do Ralo”, transformado em filme atualmente por Heitor Dhalia. Além disso, ganhou diversos prêmios de história em quadrinhos com seus desenhos. Dono de uma personalidade peculiar, um pouco autista e bastante depressivo, Mutarelli descreve parte de suas características anti-sociais enquanto desenha dois auto-retratos, um com dois olhos e algo saindo de suas orelhas e outro com apenas um olho. Descreve-se verbalmente e desenha uma espécie de mutação de si para um animal, que – por que não? – haveria de ser um polvo.

Eu sou como o polvo é curto e com traços finos. É o olhar curioso daquele que conseguiu tirar algumas palavras do homem/molusco que, se tem algo a dizer, certamente o fará através de seus traços e escritos. Dali não há muito a ser descoberto... apenas vislumbrado.

Critica Competitiva brasileira 1 - 9 Festival Internacional de Curtas metragens de Belo Horizonte - 2007.


Eu sou como um polvo - puta que o pariu, o Sávio Leite é mais conhecido por suas animações mas quando ele filma imagens ele demonstra um talento muito maior. Ano passado eu já tinha visto uma videodança filmada por ele, que vai além do registro para buscar um sentimento do espaço em torno e não só do corpo, e ao mesmo tempo um respeito pela observação da coereografia que me fascinaram (a videodança vira um filme sobre o olhar). Mas este Eu sou um polvo é uma pérola, uma grande surpresa, um filme caseiro simples, surpreendente pela sua enorme objetividade e singeleza.Lourenço Mutarelli (o quadrinista, agora escritor) fala do que representa a arte para ele. É um filme sobre o processo de criação. Como em Os mistérios de Picasso, Mutarelli traça. Enquanto traça, e ouvimos uma voz-over extremamente pessoal desconcertante, Sávio Leite também traça, de forma invisível com sua câmera caneta, mas de forma discreta, observando, dando esse tempo. Esse curta é maravilhoso. Sem ser uma autobiografia oficialesca, coloca o autor no processo de criação, e como isso está intimamente relacionado com a vida. E Leite, de forma simples, observa, mas com uma acuidade quase oriental. Esse filme eu vi umas três vezes seguidas e me impressionou muito. Até porque eu tenho a mesma relação com o processo de criação do que o Mutarelli.

http://cinecasulofilia.blogspot.com/



domingo, 27 de agosto de 2006.

Lulas – parte 2

E deu que essa fedentina toda calhou como uma luva com a programação deste domingo do Unibanco Arteplex, em São Paulo. Dentro do Festival Internacional de curtas-metragens, em pleno vapor até dia 2 de setembro, a sala paulistana exibe às 18h e às 22h “Eu sou como o polvo”, do diretor Sávio Leite e baseado no trabalho de Mutarelli. Dono de um dos traços mais exuberantes entre os desenhistas brasileiros, o desenhista prepara o terreno para a estréia de 'Cheiro do Ralo', a transposição conduzida por Heitor Dhalia, estrelada por Selton Mello, do livro homônimo de 2002.

Vai lá:
“Eu sou como o polvo”
Unibanco Arteplex (Shopping Frei Caneca – r. Frei Caneca, 569, 3o piso, sala 5)
Às 18h e às 22h
100 lugares
Entrada gratuita
Informações no www.kinoforum.org.br

revistatrip.uol.com.br/blog/index.php?ano=2006-08&log_id=8 - 27k


Transubstanciando-se
Para o Blog do Festival Internacional de curtas-metragens, por Thomas Marques Silva.

Uma mesa de vidro, uma câmera na mão e um artista genial. Esse é o mote de Eu sou como o polvo, um documentário experimental sobre um dos maiores artistas brasileiros da atualidade. A câmera é do diretor mineiro Sávio Leite, o vidro é o suporte para um auto-retrato e o artista genial é Lourenço Mutarelli. Assim, durante cinco minutos, presenciamos o artista em seu processo criativo, desenhando-se no papel enquanto destila na tela um pouco da matéria que o constitui através de um texto belíssimo, recheado da poesia “deslocada” que caracteriza sua obra.

Lourenço quem?! Lourenço Mutarelli, quadrinista e romancista, dono de algumas das maiores obras publicadas no Brasil nos últimos quinze anos e, conseqüentemente, de alguns dos maiores prêmios em suas categorias, como o HQ MIX (diversas vezes) e o de melhor história em quadrinhos do milênio (para a genial Transubstanciação), ou ainda O Cheiro do Ralo, seu romance de estréia, levado às telas pelo diretor Heitor Dhalia.

Sávio Leite definiu seu filme como a expressão da “necessidade de fazer alguma coisa com o Lourenço”, de quem é fã confesso. Desse modo, a experimentalidade de sua obra se torna inescapável, quase determinada, definida por sua falta de experiência com “outra coisa que não seja a animação”, este sim, um terreno pelo qual transita com mais naturalidade.
Mas isso não é tão importante perto da magnitude de um artista como Muttareli. O filme se sustentaria somente por aquilo a que se propõe retratar: um processo criativo. Mesmo para aqueles que conhecem seu trabalho depois de pronto, Eu sou como o polvo não deixa de surpreender ao mostrar um outro Mutarelli, aquele calmo, tranqüilo, com fones nos ouvidos, distribuindo traços numa folha felizarda de papel, desenhando um de seus personagens mais caros, por ser real: o próprio Lourenço Mutarelli.

Eu sou como o polvo faz parte do Programa Curta o formato 2
http://www.kinoforum.org/

De: Agusti - Data: 16/07/07 17:21
Assunto: FW: Artículo en Argentina sobre la Bienal de Video del CCN BID: Un panorama del videoarte

Un panorama del videoarte - Argentina - 15/07/2007 - Perfil.com - Pág. //


En el primer párrafo de La tumba sin sosiego, de 1944, el ensayista inglés Cyril Connolly escribe: "Cuantos más libros leemos, mejor advertimos que la función genuina de un escritor es producir una obra maestra y que ninguna otra finalidad tiene la menor importancia". Connolly es un extraordinario ensayista, entre irónico y melancólico, autor también de otro libro fundamental, Enemigos de la promesa, publicado unos años antes, y de un par de artículos sobre la bibliofilia que deberían ser de lectura obligatoria para cualquier amante de los libros. Pero volviendo al comienzo, la frase en cuestión siempre me intrigó. Supongo que no por las razones más evidentes (cierto elitismo aristocratizante, que tampoco tiene la menor importancia), sino por el carácter tan literario del asunto. Connolly sólo habla de literatura y de escritores. ¿Puede decirse algo parecido sobre otras artes?
Pensaba en esto a propósito de la muestra del videoartista catalán Muntadas, que en estos días se expone en la Fundación Telefónica y en el Centro Cultural de España en Buenos Aires. Alternando entre el afiche, el video y la fotografía, las obras me parecieron irrelevantes, tan triviales que por un momento las confundí con afiches de la campaña de Telerman (luego recordé que la campaña ya había terminado). Pero más allá de este contratiempo, el videoarte es una disciplina que ya tiene una larga historia y muchas cosas
todavía por decir. Y que al menos, dio dos grandes artistas (artistas maestros en el sentido de Connolly) que no tienen nada que envidiarles a los grandes pintores o cineastas del siglo XX: el coreano Nam June Paik, y el norteamericano Bill Viola. Cercano al grupo Fluxus y a Stokhausen, Paik es poco menos que el inventor del videoarte y probablemente quien más lejos llegó en su afán de experimentación. La de Viola es una obra que introduce lo audiovisual en un terreno claramente intelectual: una reflexión radical sobre la relación entre acontecimiento y temporalidad.

Hay ahora en Buenos Aires una buena oportunidad para ver un panorama de la producción latinoamericana reciente. En el Foro Estudios Culturales Argentinos (FECA), se exhiben las obras ganadoras de la Tercera Bienal Interamericana de Videoarte del centro cultural del BID. Como suele suceder con la literatura, los ganadores del concurso son menos interesantes que los que sólo obtuvieron mención, o los que directamente no ganaron nada (cada día me convenzo más de que hay que felicitar a los artistas que no ganan concursos, precisamente por eso, por no haber ganado). Pero una de las menciones del jurado es un video perfecto: Soy como un pulpo, del brasileño Sávio Leite, donde rinde homenaje a Lourenco Mutarelli, uno de los grandes ilustradores brasileños, lamentablemente muy poco conocido entre nosotros. Vale la pena ir al FECA sólo para ver ese video.

Cierta vez le preguntaron al crítico francés Jean-Paul Fargier cuál es la diferencia entre el cine y el videoarte, y respondió: "Mientras que en el cine se dice: 'Silencio, se rueda'; en el video se dice: 'Ruido, se edita'". Es precisamente esa dimensión ruidosa, desplazada, sucia e inacabada, lo que vuelve interesante al videoarte. O mejor dicho: es lo que vuelve interesante a cualquier arte.

EU SOU COMO O POLVOIndicado para:Curta Livre - Filmes de até 15 minutos e sem apoio estatal.
“Para quem ainda não sabe, Lourenço Mutarelli é um dos principais artistas brasileiros vivos. Primeiramente, se destacou nos quadrinhos underground: sendo contemporâneo de gente como Angeli, Laerte, Glauco, etc, não teve o reconhecimento imediato, talvez devido a sua seriedade e aos temas mórbidos que costuma tratar. Porém, seu traço cruel, uma espécie de Expressionismo da era do Grafite, aliado a histórias onde o grotesco toca quase literalmente em chagas do cotidiano, começou a lhe render prêmios e prêmios e uma guinada para a literatura. A ponto de já ter um livro adaptado para o longa-metragem, o excelente "O Cheiro do Ralo", onde, para a surpresa de todos, revelou-se até mesmo um bom ator. E fazendo papel de segurança (detalhe: Mutarelli é franzino, baixinho e careca). Retratar um personagem como Mutarelli já é meio caminho andado para tornar qualquer documentário, no mínimo, interessante. Mas o mineiro Sávio Leite teve a sacação de deixar seu filme à altura do seu "personagem". Se valendo de um recurso usado por Henri-Georges Clouzot, no filme "O Mistério Picasso", "Eu sou como o Polvo" utiliza um plano-seqüência em alta velocidade, mostrando o próprio Mutarelli desenhando dois bizarros auto-retratos. Em off, um texto autobiográfico lido pelo próprio artista, de onde desabafa seu passado complicado e o quanto o desenho foi a sua salvação. Daí o título do curta, já que o polvo se vale da tinta para se esconder. (Christian Caselli)”


O curta pode ser visto em: http://www.curtaocurta.com.br/curta/361/

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