sábado, 16 de janeiro de 2010
MOSTRA DE CINEMA CULTURA, ARTE E PODER - 4 VERAO ARTE CONTEMPORANEA - BELO HORIZONTE
Em toda parte no Brasil a produção cinematográfica pulsa. O realizador Sávio Leite em sintonia com o Grupo Oficcina Multimédia idealizou, para a 4ª edição do Verão Arte Contemporânea, uma mostra com filmes que colocam em evidência os eixos Cultura, Arte e Poder. Um pequeno recorte das produções feitas no Brasil ou por brasileiros no exterior e filmes internacionais que dialogam com preocupações mundiais e em como a arte está inserida hoje nestes ferventes anos de incerteza.
Do underground baiano do Super 8, passando pela Close-up da Boca do Lixo, a podreira sanguinária do cinema catarinense, os personagens marginais curitibanos, a solidão desértica chilena e a arte urbana explodindo em Nova York, um mosaico feito de curtas experimentais, animações, documentários e ficções
toda a programacao pode ser acessada em:
http://www.fcs.mg.gov.br/agenda/1490,mostra-cultura-arte-e-poder.aspx
http://www.veraoarte.com.br/vac2010/cinema.html
SINOPSE DOS FILME
Fronteira - Rafael Conde – 85’ – Ficção -2008 - Brasil
Interior de Minas Gerais, início do século XX. Maria (Débora Goméz) vive em um velho sobrado, onde possui a fama de ser santa. Porém a chegada de sua tia Emiliana (Berta Zemel), que veio empenhada em preparar o grande milagre dela, e um viajante (Alexandre Cioletti), por quem se apaixona, mudam sua vida.
Brasileiro como eu – Susana Rossberg – 86’ - Documentário – 2008 – Bélgica.
O encontro com uma crescente comunidade brasileira, sem documentação, nos permite dar o testemunho de sua energia, vivacidade e diversidade. Este filme tenta trabalhar em prol de uma maior aceitação de estrangeiros em suas terras de exílio.
Acácio - Marília Rocha – 88’ – Documentário – 2009 – Brasil.
Acácio e a mulher são um invulgar casal de transmontanos. Dentro do total anonimato, representam uma certa história portuguesa. As memórias pessoais e os magníficos arquivos de imagem de Acácio permitem-nos reviver uma vida entre o Portugal rural dos anos 50, a miragem do sonho colonial em Angola (nas minas do Dundo, onde Acácio era fotógrafo), o traumático regresso a Portugal, onde não se adapta, e um novo refazer de vida em Minas Gerais (Brasil).
Serra da Desordem - Andrea Tonacci – 135’ – Documentário – 2008 – Brasil.
Carapirú é um índio nômade, que escapa de um ataque surpresa de fazendeiros. Durante 10 anos ele perambula sozinho pelas serras do Brasil central, até ser capturado em novembro de 1988, a 2000 km de distância de sua fuga inicial. Levado a Brasília pelo sertanista Sydney Ferreira Possuelo, em uma semana ele se torna manchete por todo país e centro de uma polêmica entre antropólogos e linguistas em relação à sua origem e identidade. Na tentativa de identificar sua origem ele reencontra um filho, com quem retorna ao Maranhão. Porém o que Carapirú encontra ao retornar já não está mais de acordo com sua vida nômade.
Dossiê Rê Bordosa - Cesar Cabral – 16’ – Animação – 2008 – Brasil
Fama? Ego Inflado? Espírito de Porco? Quais os reais motivos que levaram Angeli a matar Rê Bordosa, sua mais famosa criação? Este documentário em animação (...) OK
Minami em Close-Up – A Boca em Revista - Thiago Mendonça – Documentário - 18’- Brasil.
A trajetória da revista Cinema em Close-up, que nos anos 70 tornou-se um sucesso de vendas publicando fotos de atrizes em poses sensuais e de seu editor Minami Keizi, é o ponto de partida para contarmos a história dos filmes da Boca do Lixo e seus personagens.
Terra – Sávio Leite - Animação - 5´- 2008
Coisas ordinárias acontecem com pessoas extraordinárias
Fé Nunca Mais - Christian Caselli – Experimental – 3’- 2005 – Brasil
Clip Aleatório. Regras: 1- todo material filmado deve fazer parte do clip. 2- não editar as imagnes. Experiência #1: Câmeras subjetivas.
Isto não é um título - Christian Caselli – Experimental – 5’ 20”- 2005 – Brasil
Isto não é uma sinopse.
Baiestorf: Filmes de sangueira e mulher pelada - Christian Caselli – Documentário – 20’- 2004 – Brasil
Documentário sobre o maldito cineasta VHSsista Petter Baiestorf que, aos 30 anos, realizou mais de 100 filmes viscerais na pequena cidade de Palmitos.
Graffiti Research Lab: The complete Fisrt Season – Graffiti Research Lab, Estados Unidos – 52’- 2008.
A trajetória do grupo Graffiti Research Lab, composto por um arquiteto e um engenheiro que largaram seus empregos para desenvolver ferramentas de arte baseadas em tecnologias de luz e projeção.
Ãgtux- Tânia Anaya – 24’- Documentário - 2005 - Brasil
Este filme foi preparado desde o início para fazer uso de animações, de imagens documentais e do som de forma muito específica e experimental. Ãgtux, afinal, não é um documentário, é no máximo algo que se aproxima do termo criado por Agnes Varda: “documentário subjetivo”. Ele se alinha na tradição do diário, que parte de um ponto de vista particular e se estrutura como um ensaio. Os Maxakali foram o ponto de partida, mais especificamente seu universo estético. Donos de um notável refinamento plástico e sonoro revelados em desenhos, pinturas, roupas, cantos, poemas…Este povo tem centenas de anos de história. Povoou um território vastíssimo, o qual percorria à maneira nômade, desde o interior de Minas Gerais e Bahia, até o Atlântico. Hoje, os índios Maxakali são por volta de 1.200 pessoas que vivem em Minas Gerais, em um território exíguo, entre as cidades de Santa Helena e Bertópolis. Vivem sob uma sombra de miséria amplamente divulgada pelos jornais e tevês. O filme busca o que falta nas notícias: a riqueza de seus grafismos, de sua língua, de sua vida cotidiana. Ãgtux significa “contar histórias”.
A sombra de Don Roberto - Juan Diego Spoerer e Håkan Engström – 27’- Documentário - 2007 Chile/Suécia.
Um menino viaja, um dia qualquer, com sua família para Chacabuco, uma antiga vila encrustada no deserto do interior de Antofagasta - Chile. Ali, ele percorre as velhas construções... Passam os anos e, como o vento, vão apagando os dias e os momentos de outrora. O menino agora é um homem crescido. Um ancião solitário. E esse velho homem resolve ir viver em Chacabuco.
A Menina que Fumava Sabão – Carlos Magno Rodrigues – 15’- Ficção - 2009 – Brasil – Argentina
Não tenho poder de mudar ninguém e, caso tivesse, faria força para manter o livre arbítrio das pessoas que amo.
A Vermelha Luz do bandido – Pedro Bezerra Jorge – 16’- Documentário - 2009 – Brasil.
Documentário-radialístico-científico-experimental de cinema que presta tributo ao filme "O Bandido da Luz Vermelha" e busca dentro do mesmo uma identidade própria. Além de refletir sobre a indústria cinematográfica brasileira".
O Jardim Elétrico da Escuridão - Mariana Campos – 10’- 2009
Vídeo documental feita com imagens caseiras sobre o sentimento de rejeição e perda do amor dos outros.
Beijo na boca maldita – Yanko Del Pino – 16’- Documentário - 2007.
Muito popular em Curitiba dos anos 70, GILDA marcou época. Tipo folclórico de rua, dizia-se travesti. Quem não quisesse levar um beijo seu apressava-se em lhe dar um trocado. Todos fugiam dos seus gracejos na Boca Maldita.
Bitola Cabeça Super 8 – Gabriella Barreto e Vitória Araújo – 19’- Documentário – 2005.
O surgimento da bitola super 8 trouxe um novo vigor ao cinema baiano permitindo que jovens talentos da época, ainda marginais ao circuito profissional de cinema na Bahia, pudesse viabilizar seus projetos.
Presente dos Antigos - Rânison Xacriabá e José dos Reis Xacriabá – 52’- 2008
O filme Presente dos Antigos nasceu das oficinas de Vídeo Documentário _ Oficine _ ministradas no Curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Numa das oficinas na Terra Indígena Xacriabá, situada a 650km de Belo Horizonte junto ao Município de São João das Missões, escutamos a história de que os índios estavam reinventando sua pintura corporal, que chama atenção por sua plasticidade e beleza estética, depois de vários anos de repressão cultural, através de pinturas encontradas nas cavernas da região.
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